A Ubisoft vai lançar em novembro o game Watchdogs, uma das grandes sensações do E3. O jogo trata de um assunto que já é realidade, a ameaça de um mundo totalmente controlado por computadores. Quantas informações são armazenadas e o que andam fazendo com elas? As empresas já sabem do que gostamos, o que compramos e com quem socializamos. Quando o uso de nossas informações deixa de ser uma pesquisa de mercado e passa a ser uma invasão de privacidade?
O enredo de Watch Dogs (veja ficha completa no final do post) é tão atual quanto dramático. A construção do protagonista principal, Aiden Pearce, foi baseada em personagens como Dexter e Skyler White (Breaking Bad). Torcemos por ele, muito embora suas motivações e ações sejam questionáveis. Aiden é um hacker buscando vingança pela morte de sua família. A estória impressionou tanto quem viu o vídeo de lançamento, quanto a Columbia Pictures que já comprou os direitos para adaptar o jogo ao cinema.
O ponto de partida do game é o apagão de 2003 que ocorreu na região nordeste dos Estados Unidos e no leste do Canadá. No jogo, o responsável por esse evento é alguém que faz parte da empresa privada CtOs (Central Operating System) que controla toda a cidade, das redes de eletricidade ao fornecimento de água.
O gênero do game é de ação, aventura e camuflagem na terceira pessoa em mundo aberto. Traduzo: o jogador atira, luta, foge, se esconde, usa de artifícios, corre e dirige veículos para alcançar seus objetivos. O mundo aberto permite que você explore e faça as suas próprias escolhas. Por exemplo, Aiden fica sabendo que há um crime acontecendo nas imediações e pode decidir se vai interferir ou não.
Além de armas convencionais, utiliza eletrônicos para hackear computadores e celulares, controlando o que ocorre ao seu redor. Assim, pode parar um elevador, abrir portões eletrônicos e roubar um carro sem quebrar o vidro. Nesse sentido, a violência do jogo é mais contida do que em jogos como GTA.
Como vai ser a versão multiplayer? Como não podem existir dois Aiden Pearce, quando os jogadores se cruzarem no mundo, vão aparecer como "outro hacker". Com um scanner de reconhecimento facial, é possível identificar quem invadiu o seu mundo e iniciar um jogo de espionagem Hacker vs. Hacker, com perseguições e mata mata.
Ubisoft também promete inovar a experiência multiplayer tornando possível conectar quem estiver jogando no celular ou tablet (estão trabalhando na versão IOS) com aqueles no console. É nesse tipo de jogabilidade que o coop vai funcionar. Quem estiver no console será Aiden e o jogador no tablet terá controle de recursos como helicópteros, barreiras e iluminação para ajudar (ou atrapalhar) na missão. Um detalhe legal é que dá para mandar mensagens pelo tablet que aparecem para Aiden como outdoors ou luminosos.
Os gráficos são bem realistas. Chicago foi fielmente retratada, a iluminação tem nuances diferentes conforme o período do dia e os movimentos dos personagens são naturais. O que impressiona é a quantidade de informações visuais, o jogador pode acessar qualquer personagem, do antagonista aos pedestres ocasionais e saber tudo a respeito deles. Contrataram até dubladores para imitar o sotaque próprio da região.
Por Tsu Matsubara
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