25 de set. de 2013

DONO DE LOJA DE JOGOS CRITICA OS PAIS QUE COMPRARAM GTA V




A crítica aos pais que compraram Grand Theft Auto V levantou um alvoroço nos Estados Unidos, principalmente porque veio de um varejista de jogos eletrônicos. O "desabafo" foi publicado no site Kotaku esta semana e foi comentado por mais de 300 pessoas. Veja a íntegra aqui.



A questão dos video games influenciarem no comportamento dos adolescentes e crianças foi retomada com mais força no Brasil desde o caso de Marcelo Pesseghini, que matou a família e depois se suicidou. A alegação do advogado de defesa de que o menino foi influenciado pelo jogo Assassin's Creed obteve resposta da Ubisoft pelo Facebook que dizia: 

No entanto, em nenhum estudo até agora realizado há consenso sobre a associação entre a violência e obras de ficção, incluindo livros, séries de televisão, filmes e jogos. É uma falácia associar um objeto de entretenimento de milhões de pessoas, todos os dias, em todo o mundo, com ações individuais e que ainda estão sendo esclarecidas. Novamente, isso é uma tragédia sem sentido e os nossos pensamentos e orações estão com a família e amigos das vítimas. […]

Se há ou não relação direta ou indireta da violência dos games e os crimes cometidos pelos que os jogam, não tem resposta científica. Mas, os fundamentos para essa teoria são muitos, sendo que o mais contundente é a banalização. O que há é um selo indicativo da idade apropriada seja da ERSB ou de qualquer outro órgão.

Selo da Pan European Game Information


Alguns países europeus como a Alemanha, só comercializam certos jogos se algumas cenas forem cortadas, como aconteceu com The Last of Us. O governo americano tem sido mais rigoroso na exigência de avisos sobre a censura por parte das produtoras, tanto que para ver trailers de jogos para adultos é preciso colocar a data de nascimento (se bem que isso não adianta).



A série GTA já foi alvo de críticas no passado porque o jogador "precisa" cometer crimes para avançar. O título mais recente, um dos mais vendidos de 2013, tem três protagonistas, sendo que um deles é um traficante que sempre reage com violência. 

Foi justamente este o motivo do alerta assinado pelo "varejista de vídeogames veterano". Além da sua profissão, as únicas informações que aparecem são o fato de ter filhos e trabalhar na Gamestop há dez anos. 

Depois de vender mil cópias de GTA V na sua loja, dos quais pelo menos 100 foram comprados por pais de crianças "que mal alcançavam o balcão", decidiu que era hora de dizer o que vinha pensando há tempos. 

O autor deixa bem claro que não se importa que os filhos o vejam jogando Halo, Skyrim e Fable, mas que jogos como Duke Nukem, Saints Row e GTA são as grandes razões do alerta que está dando. 



Também conta que tentou, inúmeras vezes, avisar aos pais que o jogo tem o selo M (mature) e que portanto, estão carregados de conteúdos adultos como excesso de violência, nudez e linguagem inapropriada. Foi ignorado pela maioria. 

Nem todos os comentários do post foram de apoio, alguns dos que discordaram são:



"Acho que não vou aceitar conselhos de um cara que trabalha  na Gamestop há 10 anos" 

"Meu sobrinho só conversa com os amigos sobre o GTA. O que gostaria de saber é onde estão as alternativas? Quais são os outros jogos com mundo aberto e imersivo? Meu filho de 9 anos se cansou de Lego City depois das primeiras duas horas"

"Jesus, pessoal! Parem com isso. Seus filhos vão estar expostos à violência fictícia mais cedo ou mais tarde. Eu fui, bem jovem, e sou praticamente um pacifista. Que diferença isso faz?"

Se tem uma coisa que os pais detestam é que digam como educar seus filhos, por isso o autor da publicação recebeu tantas respostas negativas. Mas, isso não quer dizer que não tenha um pouco de razão.

Por Tsu  Matsubara


7 comentários:

  1. Estou jogando gta 5 e realmente e jogo para maiores de 18, não aconselho uma pessoa de menor jogar, apesar de gostar do jogo

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  2. Eu acho que o grande problema não é nem o jogo em si, mas que muitos pais apenas largam os filhos, o jogo é uma forma de manter os filhos quietos e sem atrapalhar, assim como era e ainda é a televisão. Mas antes era só colocar a criança para assistir um desenho que não possui o peso de um GTA ou de tantos outros jogos que possuem tanta violência. A dessensibilização das crianças em relação a violência anda crescendo fortemente.

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  3. Isso é uma balela sem fim, vai de pessoa para pessoa,e qualquer um que estiver generalizando vai estar falando merda, por exemplo, desde que eu me conheço por gente jogo jogos de violência e simplesmente nunca nem briguei sério na minha vida.

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  4. "Os fundamentos para essa teoria são muitos"... ONDE? Não existe fundamento ALGUM que relacione uma coisa a outra... rs... Uma vez vi uma matéria que dizia que 80% dos jovens delinquentes jogavam videogame... porém 80% dos jovens em geral joga videogame, então é óbvio que 80% dos delinquentes também jogará. É a mesma coisa que dizer que, como 95% dos jovens delinquentes tomam banho, o banho é responsável pela delinquência.
    O que gera jovens violentos são pais violentos ou ausentes. Um jovem em uma família saudável será saudável mesmo jogando GTA, enquanto um jovem em uma família não saudável não será saudável mesmo que os pais o proíbam de jogar videogames, ir ao cinema, ler livros...
    Aliás, o videogame é considerado pela maioria dos psicólogos como uma catarse, algo que descarrega a violência do jovem, que é algo muito melhor do que descarregar na escola ou nas ruas.

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  5. Eu também concordo com ele. O jogo claramente foi feito pra maiores, é realmente errado os pais comprarem para crianças que, como ele diz, mal alcançam o balcão.

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  6. concordo, se os pais sabem que é para maior de 18 então por que compram? Eu não tenho mas pretendo eu vi o trailer e achei meio violento,não dá para menor não.

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  7. Acho que educação vem do berço,é obrigação dos pais orientar os filhos,e mostrar para eles as diferença do real e virtual,mas em vez disso preferem por a culpa nos videogames,pois é muito mais fácil!

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