4 de set. de 2013

RACE THE SUN: JOGO SIMPLES, EXPERIÊNCIA COMPLETA




Entre tantos vídeogames com gráficos elaborados, enredo complexo e gameplay sofisticado, é difícil imaginar que vale a pena comprar qualquer jogo que ofereça menos do que isso. Race of the Sun entrou na lista dos 10 melhores games da Gamespot esta semana, provando que às vezes, mais é menos. 




Não que games com mecanismos simples não tenham espaço no mercado, pelo contrário. O mais hardcore dos gamers também gosta de variar o gênero, seja pela distração ocasional ou pela facilidade de pegar e largar o jogo. Este tipo de perfil está presente em muitos aplicativos, então no que Race the Sun é diferente?

Em primeiro lugar na sua origem. A Flippfly é uma produtora independente com um orçamento baixo e dois jogos no catálogo. Os irmãos Forest e Aaron San Filippo deixaram seus empregos para abrir a empresa americana em abril de 2012, quando lançaram Monkey Drum para IOS. 


A idéia de controlar um avião solar já é inovadora, apostar corrida com o sol, mais ainda. O jogo foi desenvolvido para envolver a todos, dos mais casuais aos mais habilidosos. Para isso, existem missões de dificuldades e percursos diferentes.



Outro aspecto que se destaca é a versão multiplayer. A função coop permite que outro jogador inicie a partida do momento em que você parou. Então, se seu avião caiu ou bateu, é só compartilhar o link no Facebook. Quem quiser, clica lá e continua o jogo. Como isso é feito em forma de corrente, pode ser que uma pessoa lá da Europa esteja continuando o seu percurso, dias depois. Mas, isso não descaracteriza o trabalho em equipe, pois os pontos são somados e todos que participaram da corrida vão aparecer no leaderboard. 



Race the Sun é simples. Simples no gráficos, os cenários são minimalistas e os prédios são figuras geométricas. Simples no mecanismo, o avião vai para frente, para a direita e para a esquerda. E simples no objetivo, percorrer a maior distância possível sem bater e antes que o sol se ponha. 



Ao mesmo tempo, é um jogo que proporciona uma experiência completa. As cores pastel e a trilha sonora relaxam enquanto o pôr do sol é uma constante ameaça do seu tempo estar acabando. As missões mais simples dão a sensação de estar avançando e as mais difíceis são desafios que você escolhe ou não aceitar. O tipo de cooperativa que é proposto não promove animosidade assim, um jogador menos experiente pode participar sem prejudicar o mais compromissado. O gameplay de controles do tipo arcade colocam a destreza e agilidade como determinantes de uma boa pontuação. 




É simples, mas muito bem elaborado. Os mundos são infinitos e também podem ser criados pelos jogadores, tem 25 upgrades, boosts e bônus. Está disponível para download em Windows, Linux e Mac, por U$10.

O equilíbrio de todos os elementos resultou em um game criativo, democrático e envolvente. E isso é difícil de realizar em meio a tantas opções de gêneros, franquias e grandes produtoras.


Por Tsu  Matsubara


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