CHILD OF LIGHT: FÁBULA EM FORMA DE JOGO

Child of Light é o mais novo e esperado RPG da Ubisoft. Como uma ilustração de contos de fadas, o 2D confirma a tendência dos jogos de explorar sensações e emocionar com a simplicidade.

Foi criado pela mesma equipe que desenvolveu Far Cry 3, um jogo de tiro na primeira pessoa (FPS) com gráficos e efeitos muito elogiados pela crítica. A tecnologia amplia as possibilidades em maneiras que nem imaginamos, quem conhece Call of Duty: Ghosts e FIFA 14 sabe disso.

O realismo não pára aí. Os controles dos consoles vibram, o 3D nos transporta para dentro dos games e os efeitos sonoros são produzidos com tantos detalhes que dá para distinguir uma gota de sangue caindo no chão durante um tiroteio. Os avanços permitem até a transposição de expressões faciais e corporais, como em Beyond: Two Souls.

Talvez por tudo isso, a simplicidade tenha voltado a ter importância, tanto na vida quanto nos vídeogames. O excesso de informação pode inibir os sentimentos mais básicos e trazer à tona a necessidade de algo mais descomplicado.

Child of Light faz exatamente isso. Seguindo a mesma linha de games como Journey, Race the Sun e Papo & Yo, provoca sensações e emoções com poucos elementos e detalhes.

A protagonista principal é Aurora, princesa do reinado de Lemuria que sai em busca das fontes da luz, roubadas pela Black Queen. Com a ajuda de fadas, gnomos e uma entidade brilhante que a acompanha, o jogador precisa derrotar criaturas sobrenaturais e enfrentar a antagonista principal. Para isso, vai deve solucionar enigmas e problemas e lutar contra seus inimigos.

O tipo de combate é o ATB (Active Time Battle) de Final Fantasy. Neste estilo, o mais importante é a estratégia e a administração do tempo. Ao invés de serem físicos, os ataques provocam danos mensurados em porcentagem. Você escolhe o tipo de arma avaliando a potência, o momento certo de ataque e o tempo que demora para recarregar. O intuito é agradar tanto aos que gostam de video games quanto àqueles que jogam ocasionalmente.